Ronaldinho o novo Rei do Futebol

Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou 
1 Cor 2:9

 Passei um mês imaginando e procurando uma forma de descrever nesse texto as façanhas de um tal Ronaldo Assis, quando consegui uma grande luz.

Ele é a fusão do Basquete com o futebol, mágico, espetacular, único. Fã do hexacampeão Michael Jordan conseguiu aplicar nos gramados o que o ídolo fazia nas quadras da NBA. Ele esconde a bola nos pés, engana toda marcação passando a bola para o lado oposto que olhou, preciso e precioso nas faltas e milimétrico nos lançamentos, é gênio genial, dá prazer vê-lo jogar mesmo sendo adversário dele no jogo, até arrisco dizer que há mais prazer em vê-lo em atividade que ouvir o Ramones salvadores do rock n roll, é imprevisível, faz medo, mete medo em seus marcadores, impossível prever o que fará com a bola, impossível marca-lo individualmente.

 “Mas e o Reinaldo Lima que te fez atleticano?” O Rei é incomparável com qualquer jogador de qualquer época que passou por esse planeta, vítima de zagueiros idiotas e da medicina arcaica de sua época o Rei jogava sem os menisculos.

Ele vencia os jogos, dava alegria a torcida e garantia o bicho dos jogadores, ia se tratar após os jogos enquanto todos na cidade comemoravam, entrava em campo com fortes dores nos joelhos, o Rei é hors concours.

Claro que Pelé foi gênio, mas não jogou na Era profissional do futebol, que começou a partir da Laranja Mecânica de 1974, também tinha um tal Garrincha... Ah! maravilhoso, sensacional o Mané, mesmo o multicampeão  Di Stéfano, os 1.176 gols do húngaro Puskás, nem o gênio Maradona, que me fazia acordar aos domingos pela manhã para vê-lo no Napole, foram capazes de fazer o que Ronaldo faz com a bola. Ele transformou o time perdedor do Barça em um super vencedor, deu destaque internacional ao Galo, é capaz de transformar um companheiro comum em craque da bola, ele é o cara. 

Maldito jornalista francês que em 1958 apelidou o Pelé de rei do futebol.

Ah!  Mas foi em 1958? Não esperou o R10 nascer, nem viu o gênio esconder a bola nos pés, dar três chapéus seguidos em seu marcador, ser  aplaudido de pé por torcedores madridistas, em pleno estádio Santiago Bernabeu, deixando atormentada toda a defesa do Real Madri com seu futebol moleque.

Foi difícil encontrar adjetivos para descrever o Cara que em seis meses entrou na seleção de todos os tempos dos 105 anos do Clube Altetico MG , foi preciso apelar e recorrer a Bíblia para descrever o que ele fez e faz com a bola, ele faz coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou. Ele é o REI DO FUTEBOL da Era profissional ele é Ronaldo Assis.

Luciano Barbosa