Tá tudo dominado!
Ê, Galo de ouro, seleção do povo! Eu sei como a vida é dura pra nós: é o pão que cai da mesa com a manteiga pra baixo, é o juiz ladrão, é a cabeça de burro que alguém enterrou, é Deus que não ajuda.
A culpa disso é do Telê, que prometeu caminhar até Congonhas do Campo caso a gente fosse campeão em 1971, e tomou um táxi quando ninguém estava olhando. Ficou 20 anos sem ganhar nada. O Atlético foi condenado a pena maior. Eu, como não acredito nessas coisas, vou ficar em casa – mas a torcida do Galo deveria reparar esse malfeito e refazer o caminho enquanto é tempo. Os profetas estão lá esperando, com seus narizes cada vez mais derretidos pela ação da chuva sobre a pedra-sabão.
O atleticano é o melhor torcedor do mundo – o mais fiel de todos, o mais argentino das Américas. A foto da torcida do Galo entrando no Mineirão domingo passado – 50 mil pessoas numa fila a sumir de vista! – não é a foto de uma torcida: é o Círio de Nazaré, são os muçulmanos a caminho de Meca.
É verdade que qualquer fila organizada por esse Minas Arena, mesmo que fosse para comungar na missa, tende mesmo a se transformar nisso aí. Um consórcio formado pelo Bar do Salomão em parceria com o cambista Júlio César dos Santos, preso pela 72ª vez esta semana, certamente prestaria melhor serviço. Mas, a despeito disso, o negócio é que conosco ninguém podosco – e se a torcida do Atlético acreditar de verdade que a gente pode ser campeão, nós levantamos os dois canecos (do Mineiro e da Libertas, quae sera tamem) dentro desse arremedo de Mineirão. Nem precisa de água: pra ver o Galo ganhar, o atleticano vira camelo. Se é pra ser campeão, a gente come feliz o tropeiro que o diabo amassou.
Depois da derrota para o São Paulo, o torcedor do Atlético ficou meio cismado. O que eu posso dizer é: “Saia dessa onda, meu filho”. Saia dela porque o vento já virou ao nosso favor: o Serginho machucou, o Goiás quer o Araújo, o Bernard e o Tardelli vão voltar, o Réver salvou a Selecinha, e a Selecinha ainda tomou aquela vaia. Até a tuitada da mulher do Jean (quem?) veio em ótima hora. Ferina e debochada, nossa amiga perguntou quem é Marcos Rocha, de quem ela nunca ouviu falar. “Bom dia, cavalo, eu sou a mulher do Jean”. Obrigado, minha querida, isso vai ser mais eficiente do que esteira de academia pra fazer o cara correr.
E a visita do Kalil à Conmebol, voando pra lá com a cúpula da CBF depois de ter avacalhado o Andrés Sanches? Gostei da estratégia: a gente garante que não vai ser roubado na Libertadores, e quando o acabar o campeonato traímos todos eles, o Marin, o Marco Polo del Nero. Tô dentro total.
Nesses dias lamentei apenas a derrota do Barcelona, porque vislumbrava uma final épica no Marrocos, com Messi de um lado e Ronaldinho Gaúcho do outro – seria como a luta de Muhammad Ali contra George Foreman no Zaire em 1974. Não tinha me dado conta, porém, de que maravilhoso mesmo é cruzar com o Borussia na grande final. Atlético contra Galo da Alemanha. Aí sim, tá tudo dominado!
Fred Melo Paiva
PERFEITO... TAMO JUNTO GALO,CONTIGO ATÉ O FIM o/
ResponderExcluirmaravilhoso!
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirPerfeito. Galo hj e sempre.
ResponderExcluirSempre vou estar contigo! #PRACIMADELESGALO!
ResponderExcluirOlá, MASSA! Esse é o nosso blog voltado exclusivamente para o nosso Galo. www.euvistoacamisadogalo.com.br
ResponderExcluirFalou tudo
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