GALO DOIDO
" Se Houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento". Roberto Drummond
domingo, 25 de agosto de 2013
sábado, 24 de agosto de 2013
Este filme a gente já viu - Fred Melo Paiva
O Cuca que revire o cesto de roupa suja e recupere logo a camisa de Nossa Senhora, que ao término da Libertas só faltava andar sozinha até a máquina de lavar"
Ah, meu Deus do céu, e agora? O que é que eu vou falar lá em casa? O atleticano jurou que, finda a Libertadores, a vida voltaria ao normal, as contas tornariam a ser pagas em dia, ele voltaria a ler os cadernos de política, economia, cultura – e teria, enfim, outro assunto a conversar que não fosse Atlético.
Errar é humano, tá certo – consertar esse erro é que será sobre-humano. O Galo precisa de dois gols no jogo da volta e não pode tomar nenhum. Esse filme a gente já viu. O negócio é não respeitar demais o Botafogo – e carcaremos neles uma goleada para mostrar ao mundo que ainda vale o escrito: caiu no Horto, tá morto.
A camisa do time de General Severiano presta boa ajuda a esse objetivo de não lhe conferir um respeito exagerado: assemelha-se a uma penteadeira de p... – tem tanta coisa pendurada nela, tanta logomarca de patrocinador, que ao fim e ao cabo o clube parece financiado por uma banca de camelô. Nego vendeu até o sovaco e a genitália do uniforme, um espanto!
Vocês, que fazem parte dessa massa, preparem-se para o déjà vu: na quarta-feira que vem, “Eu acredito! Eu acredito!” E, por acreditar demais, Flamengo ou Cruzeiro (oba!) que se preparem – conosco ninguém podosco!
terça-feira, 20 de agosto de 2013
O testa de ferro - Fred Melo Paiva
"O Cuca escala o Leonardo Silva atrás para confundir o adversário. De repente, naquela hora em que a vaca tá indo pro brejo, surge lá na frente o seu chifre abençoado"
Salve, Leonardo Silva! Salve o Cruzeiro, que há dois anos deu por acabado o terceiro melhor zagueiro de nossa história, atrás apenas de Réver e Luizinho! Salve o torcedor do Cruzeiro, que comemorou a saída do Leo e a chegada de um Victorino, ou algo assim, em seu lugar! Foi como o gremista, que ficou feliz ao trocar parte do Victor (a perna esquerda?) pelo Werley. Tipo o Felipão empurrando o Pierre na gente e levando o Daniel Carvalho. Tipo o Brasil inteiro rindo porque o Galo contratou o Ronaldinho Gaúcho pelo preço do Dagoberto. Mineiro é bobo mesmo, né, sô?
Voltando ao nosso testa de ferro, o erro do Cruzeiro não foi apenas tê-lo julgado um ex-atleta – equívoco maior é achar que ele era zagueiro, quando na verdade é atacante. O Cuca escala o Leonardo Silva atrás para confundir o adversário. De repente, naquela hora em que a vaca tá indo pro brejo, surge lá na frente o seu chifre abençoado.
Leonardo Silva já está por merecer um busto. A este propósito tenho matutado bastante: que homenagens devem ser prestadas a esse elenco do Atlético, merecedor não apenas da chave da cidade como do molho inteiro? Já sugeri a extração de Tiradentes da Afonso Pena (lamentável a nível de estátua), para ali instalar o canino e incisivo R10. Já propus a troca do pirulito da Praça Sete por uma enorme e cabeluda perna esquerda do Victor, de modo a transformar o endereço em ponto de peregrinos que desejem rezar por causas impossíveis.
Na Savassi, formando uma gangue com Roberto Drummond, perfilariam aqueles que são atleticanos até o tutano do osso: Tardelli, Kalil, Bernard, Marcos Rocha, Réver, Pierre, Luan. À frente deles, estatelado no chão como se tivesse ganhado o título impossível, estaria o Cuca – com a cara fincada no cimento, da mesma forma que fez no gramado do Mineirão quando o Roberto Baggio do Paraguai chutou na trave.
Sendo porém improvável que contemplemos tantos heróis, poderíamos recorrer a um pot-pourri: minha estátua perfeita teria a cabeça do Leonardo Silva, os olhos verdes do Marcos Rocha, o nariz do Kalil, os dentes pré-operatórios de R10, o chassi de frango do Bernard, a camiseta do Cuca com a Nossa Senhora, a bunda do Guilherme, o dedo no gatilho de Tardelli e, evidentemente, a perna esquerda do Victor – somente ela, para que se frise bem a homenagem ao melhor goleiro da nossa história. Esse Frankenstein, poderíamos instalá-lo no alto da Serra do Curral, de braços abertos, como um Cristo Redentor.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Em tudo somos mais que vencedores
Honra e glória ao Atlético Mineiro! Viva o Galo Doido da minha
vida! Antes tarde que nunca, Libertas Quae Sera Tamen, liberdade ainda que tardia, e ela veio
tarde, veio em grande estilo, com sangue suor e lágrimas, com açúcar e fel sabor
de mel.
Em jogo também épico o Galo chega à glória de ser o melhor time da
América, não cobrando falta sem autorização do juiz, com grande ajuda (vide
Joãozinho 1976), não com o futebol argentino em greve e com grande ajuda (vide
Perrela 1997), mas com o dito popular: senão for sofrido não é Galo.
Em um jogo tenso, sofrido e nervoso, o nosso gênio Ronaldinho
jogava a dez por cento de sua capacidade e liderou a equipe em campo, Dom
Tardelli torceu o pé no começo do jogo, um jogo que tinha tudo pra dar errado,
quando Jô que estava em jejum de gols desencantou com seu fraco pé direito na
hora certa e fez 1x0 Galo, até que Leonardo Silva parou no ar e fez 2x0 no
final da partida. O mesmo Leonardo Silva que o Kalil tirou do rival. Chupa
Perrela! Nos penais foi fácil, temos São victor, o mesmo que foi dispensado pelo
Luxa no Grêmio. Chupa Luxa!
Uma bola na trave definiu o Galo CAMpeão da América,
é o fim do jogo sem fim , do Atlético x Flamengo da libertadores de 1981, que foi
o jogo mais polêmico do século. Chupa Wright!
Em jogo tenso e nervoso, o atleticano foi da oração ao
palavrão do “Pai nosso” ao “juiz desgraçado”... e fomos libertos de toda manipulação,
de toda maracutáia e roubalheira que rege o futebol brasileiro por todos os
títulos que nos foram tirados ao longo das últimas décadas, libertos da mágoa
dos inexplicáveis 6x1 e perdoamos a dívida. Fomos moldados no fogo, nos tornamos
uma filosofia de vida, um tipo de religião Galo. Em tudo somos mais que vencedores
(Romanos 8: 37).
Luciano Barbosa
Luciano Barbosa
sábado, 10 de agosto de 2013
Valeu, pequeno grande Bernard! - Fred Melo Paiva
"Enquanto o Rio de Janeiro não for anexado por Minas Gerais, abrindo finalmente nosso caminho para o Atlântico, é mais fácil ganhar um Mundial do que um Brasileiro"
Engraçado foi o jogo terminar e os atletas do Botafogo cercarem o juiz, revoltados com o acréscimo de cinco minutos depois de o Jefferson ficar duas horas caído no chão – sem falar das três substituições em cada um dos times. Óleo de peroba ali não pega, tem de ser verniz náutico! Fala sério, mermão: enquanto o Rio de Janeiro não for anexado por Minas Gerais, abrindo finalmente nosso caminho para o Atlântico, é mais fácil ganhar um Mundial do que um Brasileiro.
Ainda bem que o Luan Maluco nos salvou da crise iminente. Porque ninguém aguenta esse jejum: o Atlético está há mais de 15 dias sem ganhar um título de expressão! Chacota nacional! Por falar nisso, está no ar um site relevante para o registro da História: www.desdeoultimotitulodocruzeiro.org. Nos moldes do impostômetro instalado no centro financeiro de São Paulo, ele vai contabilizando a passagem do tempo. Tipo assim: “9 anos, 8 meses, 9 dias, 17 horas, 38 minutos, 55 segundos”. Daqui a pouco vão rolar umas bodas.
No Twitter também surgiu a hashtag #NoUltimoTitulodoCruzeiro. Fiquei até nostálgico: “#NoUltimoTitulodoCruzeiro eu usava calça da Pier”. Um outro sujeito: #NoUltimoTitulodoCruzeiro eu ia para a sexta jovem do Minas no meu Fiat com rodas cruz de malta”. Que tempo bom que não volta nunca mais...
Valeu, pequeno grande Bernard! Daqui a 200 anos, você ainda será um herói.
domingo, 28 de julho de 2013
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